Os deputados por Aveiro do PSD reuniram, dia 23, com a Associação Empresarial de Águeda e com o conselho de gestão da Comarca de Aveiro para expor as propostas do partido para a Justiça e Economia.
De acordo com António Topa, coordenador do grupo de deputados do PSD/Aveiro os encontros tiveram por objetivo auscultar os diversos agentes dos dois setores no distrito e apresentar as 222 propostas que o partido apresentou no âmbito do Programa Nacional de Reformas. “O nosso programa de reformas era substancialmente mais ambicioso do que o que o governo apresentou. Assumimos um compromisso reformista para o país, vertido em 222 propostas, uma boa parte das quais não foram acolhidas, mas fizemos o nosso trabalho”, comentou António Topa.
O parlamentar social-democrata fez um balanço “positivo” das reuniões mantidas: Levámos um conjunto de possibilidades de melhoria, neste caso nas áreas da Justiça e da Economia, que abordaremos em sede própria”. Os responsáveis da Associação Empresarial de Águeda (AEA) diagnosticaram três possibilidades de melhoria: as acessibilidades, o custo da energia e o chamado IVA de caixa.
A ligação rodoviária do concelho à sede do distrito, e, por consequência, aos grandes eixos viários, mantém-se entre as prioridades do setor, a braços com dificuldade para escoar a sua produção.
Quanto ao custo de energia, os representantes dos empresários salientaram a forte implantação do setor das cerâmicas, particular consumidor de energia em função do método de fabrico, e observaram estar a pagar “um dos preços da energia mais elevados da Europa, associado ao IVA de 23 por cento, o que representa uma grande fatura nos custos de produção”.
Outra das prioridades elencadas pela AEA na reunião com os deputados do PSD foi a capitalização das empresas e o IVA de caixa, que permitiria o pagamento do imposto apenas no ato de liquidação da fatura.
No que toca à Justiça, a principal queixa que os deputados ouviram foi de falta de funcionários. “Estima-se que estejam em falta 90, num total de 480, em toda a comarca, sendo que só em Santa Maria da Feira seriam necessários 19, enquanto Oliveira de Azeméis carece de nove”, salienta o PSD.
Outro problema reportado foi o da dispersão dos serviços, “uma vez que, enquanto há comandas distritais da GNR e da PSP, a Polícia Judiciária divide-se entre as diretorias do norte e do centro, o mesmo se passando com o Instituto de Medicina Legal ou a fiscalização das questões relacionadas com a Segurança Social”.