PSD
"Demagogia, populismo e um descarado eleitoralismo"
29 de Novembro de 2016
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O líder do PSD apontou a aprovação do Orçamento para 2017 como o momento em que "cairá a máscara ao PS", acusando os socialistas de não quererem qualquer entendimento que não passe pelo PCP e pelo BE. "O PS não quer, não está disponível, não deseja nenhum entendimento, nem sobre os aspetos mais estruturais ou estruturantes da sociedade portuguesa que não passem pelo PCP e pelo BE e, portanto, não passarão por nós certamente, isso ficou provado nesta discussão parlamentar", afirmou o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, numa intervenção no encerramento das "Jornadas Consolidação, Crescimento e Coesão", organizadas pelo PSD a propósito do Orçamento do Estado para 2017, segunda-feira, 28 de novembro.
Classificando como "conversa fiada" as críticas socialistas à ausência do PSD na discussão do Orçamento e no debate dos grandes consensos nacionais, Passos Coelho advertiu que, quando for aprovado no parlamento a proposta orçamental para 2017, "cairá a máscara de toda esta conversa simulada de que é uma pena o PSD estar preso ao passado e é uma pena o PSD estar ressabiado".
"Creio que esgotámos aquilo que é a capacidade para ir ao encontro de uma solução de consenso. Esgotámos, não porque não tenhamos vontade de encontrar esses consensos, é porque o PS, como se percebeu da discussão do Orçamento, não está interessado, não quer, mas não quer mesmo", vincou.
Numa intervenção com duras críticas aos socialistas, o líder do PSD recordou que, tal como já tinha feito Cavaco Silva, embora de "forma um bocadinho diferente", também o atual Presidente da República tem insistido na importância de se construírem consensos para avançar com reformas essenciais.
Com o Orçamento do Estado para 2017, o PS reafirmou a divisão que decidiu fazer há um ano, criando "um fosso absoluto entre aquilo que, durante muitos anos, se chamou o arco da governação, escolhendo trazer para a governação os comunistas e os bloquistas e afastando dela definitivamente qualquer outro partido que não fosse os partidos da esquerda radical".
"O PS operou uma divisão política na sociedade portuguesa que não se irá desfazer com facilidade", sustentou, antevendo que, independentemente do que aconteça ao atual Governo, "isso condicionará o PS por muito tempo".
"E, por muito tempo, ecoaram as palavras do secretário de Estado-Adjunto dizendo que o PS se sente muito mais próximo da visão de sociedade do PCP e do BE do que do PSD", frisou.
O presidente social-democrata acusou ainda o Executivo socialista de "muita demagogia, muito populismo e, sobretudo, um descarado eleitoralismo".
Confessando que teria "vergonha" de ser primeiro-ministro num Governo que trabalhasse nestes termos, Passos Coelho falou mesmo em "falta de decoro": "Seria impossível que algum Governo que eu liderasse se comportasse com tanta falta de vergonha. Ninguém, nem nos partidos que hoje apoiam o Governo, nem na comunicação social, se calariam se um governo chefiado por nós tivesse a falta de decoro de agir nestes termos".
Como exemplos da demagogia e populismo do Governo, Passos Coelho apontou a proposta do executivo de aumentar "mais um bocadinho" o subsídio de refeição e as pensões no verão de 2017, em vésperas da campanha para as autárquicas. "Quem paga este eleitoralismo e demagogia são os portugueses. Quem vai pagar isto tudo somos nós", avisou.

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