Foi com profunda consternação que o PSD tomou conhecimento do falecimento de José Silva Marques. José Augusto da Silva Marques faleceu no dia 25 de dezembro de 2016, aos 78 anos.
À saída do velório de Silva Marques, na Basílica da Estrela, em Lisboa, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, evocou a memória de uma "figura importante e marcante", por quem tinha "grande admiração e amizade".
"É quase impossível durante toda a década de 1980 e parte da de 1990 não ter presente a figura do doutor Silva Marques como parlamentar e líder parlamentar do PSD. Foi uma pessoa influente durante muitos anos, uma pessoa por quem eu tinha uma grande admiração e amizade. Foi sempre um homem que levou a política com muita convicção e seriedade, apesar de ser uma pessoa de enorme boa disposição", sublinhou Pedro Passos Coelho.
Passos Coelho lembrou o "brilhantismo" do antigo presidente da bancada social-democrata no parlamento, recordando os seus "olhinhos pequeninos a brilharem, sempre que intervinha no parlamento" em nome do PSD.
Natural de Porto de Mós, onde nasceu em 07 de novembro de 1938, começou na política no PCP, foi dirigente comunista na clandestinidade e afastou-se do partido antes do 25 de Abril de 1974. A sua experiência na clandestinidade inspirou um livro, "Relatos da clandestinidade - O PCP visto por dentro" (ed. Jornal Expresso), publicado em 1976, que, ao longo de mais de 300 páginas, contou como foi a sua adesão ao partido, o trabalho clandestino e, por fim, a rutura.
José Silva Marques foi, durante quatro anos, de 1976 a 1979, presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós. Aproximou-se do PSD e foi eleito deputado pelo círculo de Leiria, entre 1980 e 1999, e desempenhou o cargo de presidente do grupo parlamentar do PSD.