Pedro Passos Coelho acusa o PS de dizer "umas coisas incongruentes" e "às vezes ridículas" para agradar aos setores que o apoiam e de ter mudado "não para melhor". Durante um convívio de Natal em Braga, dia 7, o líder do PSD alertou que "não é com graçolas" que se constrói o futuro, que o país está a "deitar pela janela fora" oportunidades, mas que o Governo "está contente" porque "satisfaz as suas clientelas". Acrescentando, que ao satisfazer a suas clientelas pensa “que o futuro está assegurado. Só que o problema é que o futuro do país não está”.
O presidente do PSD referiu que não há confiança em Portugal e “todos nós sabemos o motivo. É porque este governo escolheu um caminho que a põe em causa.” O líder do PSD alerta também que o país está "deitar pela janela fora as oportunidades que os outros estão a agarrar bem", o que, confessou, o deixa um "bocadinho desesperado".
"Nós [o PSD] não precisamos de dizer umas coisas incongruentes, incoerentes, às vezes ridículas apenas para agradar a alguns setores sem os quais a gente não se aguenta no Governo, é assim que está o PS, disse Pedro Passos Coelho.
"Só não é pior, porque muitas das pessoas que estão hoje no Governo acreditam mesmo que o BE tem razão e sentem-se hoje muito mais próximos do PCP do que de nós. São eles que dizem, não é uma acusação nossa", disse.
"Imaginem o que teria sido de Portugal nestes 40 anos de essa tivesse sido a posição do Partido Socialista. Nem a constituição tinha sido revista e ainda hoje vivíamos com as nacionalizações, mesmo quase 30 anos depois do muro de Berlim ter caído. Era assim que estaríamos se o PS de então pensasse como PS de hoje", considerou, apresentando uma conclusão: "Portanto, o PS tem mudado, não é para melhor, creio eu".
Pedro Passos Coelho reafirmou que o PSD oferece uma "visão mais construtiva e positiva" para o futuro de Portugal. "Nós podemos oferecer uma visão mais construtiva e mais positiva aos portugueses do que aquela que está a ser oferecida por este Governo e é isso que faz do PSD um partido chave para o futuro do país", disse o Líder do PSD.
“Portugal vale bem o nosso esforço e levar os portugueses a sério, levar o país a sério, exige mais de nós mais do que alguma pantominice, alguma bonomia, alguma graçola. Não é com graçolas que a gente constrói o futuro", referiu.
O presidente do PSD lembrou ainda que o importante é não se perder "o tino e o rumo": "Podemos conservar a nossa orientação e, se for assim, não tenham impaciência, porque a nossa vez de servir o país chegará, seremos precisos para uma nova fase da vida do país".