PSD
“Um Orçamento a pensar em eleições”
22 de Novembro de 2016
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Durante as Jornadas de Consolidação, Crescimento e Coesão em Leiria, dia 21, Marco António Costa afirmou que o Orçamento do Estado para 2017 é “um Orçamento de sonho para qualquer político que esteja a pensar em eleições, mas de pesadelo para qualquer povo que esteja a pensar no futuro.”
O vice-presidente do PSD enumerou vários aspetos a que a sociedade deve estar atenta: só em abril de 2018 sentiremos as alterações no IRS, os precários da administração pública só serão admitidos em outubro 2017, os pensionistas vão ser aumentados no mês antes das autárquicas. “Dir-me-ão que é coincidência. Mas nós já vimos isto em 2009 e 2010 com José Sócrates”.
Marco António Costa referiu que “com a velocidade a que o país vinha, com as condições que deixámos, o que era exigido era estarmos mais além e com mais segurança para todos. Não adiantar querer dar a todos ou alguns para andarmos a penar nos anos seguintes. Esta é uma das nossas preocupações, porque estas são coisas de curto prazo.”
“Temos um Governo que procura transformar não-derrotas em festa. No passado, as boas notícias eram notícias que o PSD registava e dava nota de serem encorajadoras. Este Governo transforma cada boa notícia em festa. Há um novo ambiente no país, parece que mudou. Temos de perceber o que mudou para enfrentar essa mudança. Os que antes organizavam bloqueios e manifestações hoje são os que se transformaram de contestatários em apoiantes do Governo. Há também uma perceção de sucesso. Mas eles apropriam-se do sucesso do trabalho dos outros e a sociedade civil não denuncia. Há uma mudança também de ambiente”, declarou.
António Leitão Amaro fez duas perguntas: “Afinal, isto está melhor ou pior? Este Orçamento leva-nos para bem ou para mal?” A técnica de António Costa é tentar apontar para o que não acontece para não se reparar que o país não está a sair do sítio. As esquerdas haviam prometido mais crescimento, mais emprego e mais investimento, público e privado. Iam virar a página da austeridade e pôr as contas públicas em ordem sem aumentar nenhum imposto: querem ver que não há nenhum dos objetivos de António Costa que esteja a acontecer? O PSD é um partido que vai para o poder para melhorar a vida das pessoas e impulsionar o desenvolvimento do país, não é ficar tudo na mesma. A economia este ano vai crescer metade das previsões do Governo e menos do que cresceu no ano passado. Em 2017, Portugal volta a crescer menos do que em 2015.
Em cada trimestre de 2016, em média, são cerca de 28 mil novos postos de trabalho. Em 2015, a média era 50 mil. “Até no emprego estamos a crescer metade, e isto não é conversa de números. Há 22 mil famílias que não estão a ganhar emprego”. No investimento público e privado, é notória a queda. Em sentido inverso estão os impostos, pois entre novos e aumentados, estes totalizam-se em 12 novos. Até o rendimento real das famílias portugueses está em metade de 2015. “O PSD sempre soube que mesmo que o Estado possa devolver alguns rendimentos a um pequeno grupo, o que faz aumentar o rendimento não é o Estado, são as empresas. Não é por decreto que se cria riqueza”, afirmou o vice-presidente do grupo parlamentar.
A resposta àquelas perguntas é clara: “Não estão a fazer nada do que prometeram e as coisas estão a correr pior”, disse, pois este é um Orçamento injusto e eleitoralista.
O deputado Feliciano Barreiras Duarte assinalou que, em 2016, os deputados eleitos por Leiria fizeram várias iniciativas para ir aferindo o que estava a ser a governação do PS no distrito, dando vários exemplos de domínios em que não houve investimento. O balanço de 2016 é assim negativo, e para 2017 nada para vir ao encontro das expectativas positivas. “É importante destacar que António Costa foi claro ao dizer que Leiria terá de esperar mais alguns anos para investimento em infraestruturas que, a nosso ver, são fundamentais para o distrito”, afirmou. Frisou ainda que 2017 não vai ser um ano em que os cidadãos de Leiria possam considerar este governo como amigo de Leiria e dos investidores.
Rui Rocha chamou a atenção para a importância desta iniciativa, que traz proximidade no esclarecimento das pessoas sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2017, desmascarando a ideia de que este é um orçamento positivo. O presidente da Distrital de Leiria destacou a preocupação com a falta de investimento público no distrito, nomeadamente em matéria de infraestruturas.

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