Nacional
“É sempre possível melhorar as pensões”
11 de Outubro de 2016
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Para o presidente do PSD, o aumento das pensões tem "uma posição sempre de prudência", lembrando que o país tem metas exigentes para atingir e que os recursos não têm uma perspetiva de grande crescimento. "Tenho sobre essa matéria uma posição sempre de prudência, porque é sabido que o país tem metas que são exigentes para atingir e que os recursos de que dispõe, que no essencial são aqueles que consegue recolher através dos impostos por via do crescimento da economia, não têm assim uma perspetiva de grande crescimento", afirmou o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, quando questionado sobre as exigências do PCP e do BE em matéria de aumento de pensões.
Remetendo para o Governo a resposta sobre se há margem para os aumentos exigidos, Passos Coelho admitiu que é sempre possível melhorar, insistindo ao mesmo tempo que é preciso a resposta ter sentido e "racionalidade económica". Pois, acrescentou, todos gostariam que o salário mínimo e as pensões fossem de pelo menos mil euros, mas é preciso ver em concreto o que do lado das empresas e da Segurança Social é possível acomodar.
Passos Coelho, que falava aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração da nova sede da UGT, em Lisboa, dia 10, foi ainda questionado sobre a eliminação da sobretaxa em 2017, e admitiu que as "notícias que têm aparecido são um bocadinho contraditórias".
O líder do PSD remeteu também para mais tarde uma decisão sobre se os sociais-democratas irão apresentar propostas de alteração ao documento que o Governo irá entregar na sexta-feira na Assembleia da República.
De qualquer forma, reiterou, "não é do lado do PSD que tem de se esperar uma iniciativa em matéria orçamental", porque os orçamentos são o instrumento financeiro da política do Governo.
"Não é sobre o PSD que se tem de dar foco dessa iniciativa", declarou o líder do PSD.

Regulação dos novos serviços de transporte de passageiros
O presidente do PSD defende ainda a regulação dos novos serviços de transporte de passageiros que surgiram, como a Uber e a Cabify, sublinhando que talvez o Estado esteja a exigir demasiado a uns e menos a outros. "Neste momento há uma divisão entre aquilo que é imposto ao serviço de táxi, por um lado, e aquilo que é imposto a outros serviços, que são serviços inovadores, que apareceram há menos tempo e para os quais não havia regulação", admitiu o líder social-democrata.
Nesse sentido, o Estado tem de regular esta matéria e "tem de o fazer sabendo que se calhar está a exigir demasiado a uns - a quem impõe um custo e um ónus demasiado elevado - e menos a outros". "Hoje talvez seja dia de dizer que, apesar de termos muito poucas greves, para não dizer quase nenhumas nos transportes públicos, eles nunca tiveram tão mau serviço e as pessoas nunca tiveram razão para ter tantas queixas", acrescentou.
Centenas de taxistas estiveram segunda-feira em protesto junto ao aeroporto de Lisboa, bloqueando o trânsito até à rotunda do Relógio, quase seis meses depois de terem feito um protesto idêntico. Os profissionais estão em protesto contra a regulação, proposta pelo Governo, da atividade das plataformas de transportes de passageiros como a Uber ou a Cabify e tinham inicialmente como destino a Assembleia da República. As plataformas Uber e Cabify permitem pedir carros descaracterizados de transporte de passageiros através de uma aplicação para “smartphones”, mas estes operadores não têm de cumprir os mesmos requisitos - financeiros, de formação e de segurança - do que os táxis.

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