O líder parlamentar do PSD acusa o Governo de atacar o setor vitivinícola para sustentar um modelo económico que falhou com uma taxa inspirada numa medida do governo grego do Syriza. "Há notícia que se quer introduzir em Portugal um imposto que será uma taxa que posso designar como taxa Syriza, porque é inspirada naquilo que a Grécia fez há pouco tempo pela mão do Syriza no setor vitivinícola", afirmou Luís Montenegro, após uma reunião da bancada do PSD, quinta-feira.
De acordo com o presidente do grupo parlamentar, "os portugueses percebem que o Governo não resulta, que o Governo insiste para que o modelo ser mantenha em vigor e que o faz à custa de onerar mais as pessoas e as empresas". "O país assim tem o futuro muito comprometido. Isto não é vida, estarmos permanentemente a ir aos impostos para um conjunto de decisões ou de falta delas que tomamos do lado da administração", argumentou.
"Tivemos um período de emergência, que foi muito exigente, nessa emergência houve um agravamento fiscal. Estávamos em 2015 a recuperar e aliviar a carga fiscal e hoje estamos já não em emergência a aumentar a carga fiscal", sublinhou.
A presidente da Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal contestou a possibilidade de o Governo aumentar o imposto sobre os vinhos, como forma de conseguir mais receita fiscal, considerando que a medida vai causar a falência de empresas e quebra no consumo. No dia em que sete associações do setor emitiram um comunicado de protesto pela possibilidade de o imposto aumentar, a presidente da Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal (ACIBEV), Ana Isabel Alves, considerou "muito grave" se a intenção se concretizar.