O líder do PSD acusa o Primeiro-Ministro de retratar a realidade "como se ela fosse outra", comparando a atitude de António Costa à de José Sócrates. "Ao contrário do que aquilo que diz, está a retratar a realidade como se ela fosse outra e isso é perigoso, ter governantes que gostam de ver as coisas como elas não são paga-se caro e nós pagámos isso muito caro durante uns anos", afirmou o presidente social-democrata, no debate quinzenal, na Assembleia da República, 23 de setembro.
Recordando o que José Sócrates dizia em 2010, Pedro Passos Coelho considera ser "muito parecido" com o que o atual Primeiro-Ministro diz agora, mas assegurou que ao contrário do que aconteceu nessa altura, terá de António Costa a resolver os problemas que criar. "Lembro-me o que o seu colega primeiro-ministro de então dizia em 2010 é muito parecido consigo, não demorou muito e estava a propor o aumento dos impostos como os senhores agora fazem, o corte do investimento público, o corte das prestações sociais e o governo seguinte que trate de limpar a casa. Há uma coisa que eu lhe garanto: esta parte da limpeza será mesmo vossa excelência que terá o prazer de a fazer", disse o líder do PSD.
Este foi primeiro debate quinzenal da sessão legislativa, dominado pelas "linhas orientadoras das Grandes Opções do Plano para 2017", o documento que fundamenta o Orçamento do Estado. As Grandes Opções do Plano (GOP) são apresentadas em forma de projeto de lei, juntamente com o Orçamento do Estado, que tem de ser entregue ao parlamento até 15 de outubro.