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“Troika governativa só sabe fazer o que é fácil”
15 de Agosto de 2016
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O Governo deve corrigir a trajetória que está a seguir, porque os indicadores económicos estão a ser "desmentidos pela realidade". Na Festa do Pontal, em Quarteira, 14 de agosto, o presidente do PSD alertou que o Executivo terá de avaliar "devidamente, na preparação agora do Orçamento do Estado para 2017, qual a melhor maneira de corrigir a trajetória que vem seguindo", "sobretudo dando credibilidade aos números que vieram a apresentar”.
Pedro Passos Coelho recordou que ainda "nenhum membro do Governo" falou dos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), considerando que os dados revelados "não são números bons, de fato".
Apesar disso, o líder do PSD enfatizou que não é um pessimista: "Não é uma questão de opinião. Gostava de estar mais otimista para o país, porque isso era um bom sinal para toda a gente". "É muito negativo quando os governantes fazem de conta que não veem a realidade e isso normalmente é um mau sinal para o futuro, e eu gostaria que o nosso futuro pudesse ser melhor do que aquilo que os números que agora vêm sendo divulgados apontam", disse.
De acordo com Passos Coelho, a solução de Governo, apoiada pela maioria parlamentar do BE, PCP e PEV, "está esgotada", considerando que o executivo socialista "só sabe fazer o que é fácil, e o que é difícil, o que exige alguma coragem, o que exige algum reformismo, isso não mora neste Governo".
"Esta 'troika' governativa só sabe fazer o que é fácil. Depois do que é fácil, acabam-se as boas ideias", realçou, referindo que o atual Governo "não tem nada para oferecer do ponto de vista económico, a não ser estagnação e, eventualmente, o conflito com credores, com as instituições europeias e com os investidores", insistiu.
Apesar de sentenciar o "esgotamento" do Governo, Passos Coelho acredita que a solução "até pode durar até ao fim da legislatura".
Para 2017, PS, PCP, BE e PEV "lá tratarão de aprovar o Orçamento do Estado", asseverou.
Passos Coelho considera que as forças políticas que apoiam o Governo "estão unidos nesta solução", ensaiando umas "discordâncias apenas para ver se conseguem manter algum espaço próprio".
Realçando várias vezes que a economia do país está "estagnada", o antigo primeiro-ministro criticou ainda a falta de respostas por parte do executivo do PS, para "explicar o que se passa com a economia".
Quando o Governo falha, "não há um membro a explicar ou a dar a cara. É impossível encontrar um membro do Governo", constatou, referindo que o ministro da Economia, o ministro das Finanças ou o primeiro-ministro poderiam dar uma explicação.
No entanto, Passos Coelho disse que não sabe se António Costa não estará "em alguma mesa de café a recordar aos membros do seu Governo como se devem comportar, sendo que não consegue, porque eles esquecem-se todos os dias dos conselhos que ele lhes dá".
O Governo sabe que, no PSD, "há lá um tipo que não se importa de dar as más notícias", apontou, referindo, já no final do seu discurso, que o partido que lidera leva "a sério" o país e fará o que "é difícil" e "o que é preciso".
Na abertura do discurso, Passos Coelho reservou uma palavra “a todos aqueles em Portugal que sofreram com os incêndios”. O líder social-democrata lamentou a perda de vidas humanas e quem “perdeu os seus haveres” nos fogos que têm fustigado Portugal neste verão. Passos Coelho dedicou uma palavra ao esforço de bombeiros, autarcas e demais envolvidos na resposta aos fogos deste verão.

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