O presidente dos Autarcas Social Democratas (ASD) discorda da aplicação de "qualquer tipo de sanção" da Comissão Europeia a Portugal, por défice excessivo em 2015, considerando "imoral penalizar o país que melhores resultados de recuperação do défice apresentou na Europa". Em comunicado, o autarca social-democrata Álvaro Amaro, que também é presidente da Câmara Municipal da Guarda, considera "incompreensível qualquer tipo de decisão que penalize Portugal". "A Europa não ganha nada em penalizar Portugal, um país que cumpriu, que fez das mais espetaculares recuperações em termos de défice orçamental e de défice estrutural que alguma vez algum país apresentou no quadro da União Europeia", sustenta o presidente dos ASD, que afirma expressar o sentimento "que é comum a todos os autarcas sociais-democratas".
Para Álvaro Amaro, "aplicar sanções é desacreditar o esforço que Portugal e os portugueses fizeram". "Aplicar sanções é uma desconsideração para com o esforço feito" e "é vincar dualidade de critérios no quadro europeu", reforça na nota divulgada dia 27 de julho.
Para o líder dos ASD, sobre este assunto, "é importante que as instituições europeias decidam depressa e decidam bem". "A encenação feita à volta das sanções não tem contribuído para a confiança dos agentes sociais e económicos, retraindo a ação e o investimento, nem tem favorecido a imagem de Portugal", alerta.
Em sua opinião, a Europa, "ao invés de fazer este procedimento, deveria fazer um reconhecimento público a Portugal e aos portugueses por se terem comprometido, com enorme sacrifício, com os objetivos de consolidação orçamental impostos no plano de assistência económica e financeira, e enfatizar os resultados alcançados até 2015".
Álvaro Amaro considera ainda que "penalizar" o país "deixa um sentimento de injustiça". "Será que os responsáveis europeus acham que teria sido possível pedir um esforço maior aos portugueses?", questiona o líder dos ASD, que vai transmitir a sua posição ao presidente do Comité das Regiões da Europa, Markku Markkula.