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Orçamento para 2017 é da responsabilidade da esquerda
23 de Julho de 2016
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O presidente do grupo parlamentar do PSD acusa o Executivo de "irresponsabilidade voluntária e consciente" relativamente à banca, alertando que PS, PCP e BE deveriam estar a "dialogar" sobre o próximo orçamento e não a "trocar recados" em público.
Luís Montenegro apontou exemplos: "Quase diariamente dirigentes do PS e governantes, incluindo o primeiro-ministro e o ministro das Finanças vão lançando a confusão, seja no processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, que se está a arrastar de uma forma incompreensível, com notícias e contra notícias todas com fonte governativa, a administração do banco parece uma terra de ninguém".
Em Barcelos, sexta-feira, 22 de julho, à margem de um jantar comemorativo do aniversário de Francisco Sá Carneiro, Luís Montenegro referiu que a "responsabilidade" de apresentar uma proposta de Orçamento do Estado para 2017 é dos partidos que "suportam o Governo" (PS, BE, PCP e PEV), considerando não haver razões para estar "otimista".
Em relação ao próximo Orçamento do Estado, Luís Montenegro considerou que não será um processo fácil, acusando os partidos da esquerda de andarem a trocar "alfinetadas" em vez de dialogarem: “As perspetivas de construção do Orçamento do Estado para 2017, para já, as coisas não tem começado bem. Em vez de estarem a dialogar, os partidos que suportam o Governo, porque foi isso que todos prometeram ao país, andam a mandar recados na praça pública uns aos outros e isso não ajuda a construir uma proposta de orçamento", disse.
Luís Montenegro deixou um aviso em forma de apelo: "A responsabilidade para haver orçamento é do PS, PCP, BE e do PEV, portanto, façam o favor de assumir a responsabilidade que assumiram diante do país".
Ou seja, salientou, "em vez de andarem a convergir, sentados à mesa naquilo que é a sua responsabilidade, suportar o Governo, andam a mandar recados uns aos outros".
Ainda sobre a não eleição de Correia de Campos para presidente do Conselho Económico e Social, por falta de votos quando havia um acordo entre PS e PSD para o efeito, o líder dos deputados sociais-democratas reafirmou a vontade do PSD em "cumprir" o acordo com o PS. "Nós gostávamos que a eleição tivesse surtido efeito e mantemos o nosso compromisso para isso. Inaceitável é estar apontar responsabilidades apenas a um grupo parlamentar quando a responsabilidade é de todos", disse.
Ainda assim, garantiu, o PSD pretende respeitar o acordo com o PS para a eleição para aquele cargo. "O PSD firmou um compromisso, quer cumpri-lo, quer colaborar para o cumprir, não depende só de si. Espero que no reinício dos trabalhos o PS volte a indicar uma personalidade, esta ou outra, nós estamos disponíveis para dar o nosso contributo", explicou.

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