O vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva recusa que estejam atualmente em causa sanções contra Portugal, defendendo que o tema é usado pelo PS como "cortina de fumo" para evitar o que é "verdadeiramente importante". "O tema das sanções é um tema que acaba por surgir como uma cortina de fumo para não falar verdadeiramente do que é importante. O que neste momento é decisivo é se queremos ou não responder aos grandes desafios que Portugal tem, nomeadamente, o crescimento ou emprego", afirmou Jorge Moreira da Silva, no final do 21.º Congresso Nacional do PS, 5 de junho.
Jorge Moreira da Silva declarou que os sociais-democratas ainda não perderam "a esperança que, no quadro parlamentar, o PS possa dar um contributo para uma mudança de estratégia" quanto ao crescimento económico e emprego, embora tenha detetado neste Congresso socialista uma "lógica de Syrização, que não ajuda nada ao desenvolvimento do país". "Este Congresso permite constatar que o PS encostou mesmo aos partidos à sua esquerda, que existe uma preponderância por parte do BE na agenda, no discurso e até na abordagem à questão europeia", argumentou.
Moreira da Silva recordou os sacrifícios e esforços dos portugueses nos últimos cinco anos e insistiu que o foco atual deve ser no crescimento e emprego, mais do que quaisquer "bravatas" com a Europa.
Jorge Moreira da Silva chefiou a delegação do PSD, que participou na sessão de encerramento do congresso do PS.